domingo, 21 de dezembro de 2025

556 - A importância e a relevância dos Assistentes de Biblioteca Escolar

 

A importância e a relevância dos Assistentes de Biblioteca Escolar


A necessidade de Assistentes de Biblioteca Escolar está amplamente documentada e reconhecida em orientações nacionais e internacionais. As IFLA/UNESCO School Library Guidelines (2.ª ed., 2015) afirmam que “a riqueza e a qualidade de um programa de biblioteca escolar dependem essencialmente dos recursos humanos disponíveis”, sublinhando que “os aspetos operacionais das bibliotecas escolares são mais bem assegurados por pessoal de apoio técnico e administrativo devidamente formado”. Estas diretrizes reforçam que o library assistant apoia o trabalho do bibliotecário através de funções técnicas e tecnológicas, criando as condições para que o profissional exerça plenamente as suas responsabilidades pedagógicas, de gestão e de literacia.

A versão revista do Manifesto da Biblioteca Escolar (IFLA/UNESCO, 2025) afirma igualmente que “o programa de biblioteca escolar, destinado a toda a comunidade escolar, melhora e fortalece o processo de ensino e aprendizagem, através da ação de profissionais de biblioteca qualificados e de assistentes de biblioteca.”

No contexto português, o relatório fundador Lançar a Rede de Bibliotecas Escolares (Veiga et al., 1997) previa já equipas completas, integrando os então designados “técnicos adjuntos de bibliotecas”, responsáveis pelo normal funcionamento da biblioteca, apoio aos utilizadores e execução das tarefas de tratamento documental. Esta visão foi atualizada pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) no documento Assistente de biblioteca escolar (RBE, 2022), que estabelece o perfil, as funções e as competências destes profissionais, recomendando expressamente a afetação de um ou dois assistentes em bibliotecas do 2.º e 3.º Ciclos e do Ensino Secundário.

O Conselho Nacional de Educação, na Recomendação n.º 4/2020, destaca o valor formativo dos Assistentes Operacionais e Técnicos, recomendando programas de formação contínua adaptados ao contexto educativo e à escola inclusiva.

A complexidade crescente das funções de biblioteca escolar requer, de acordo com a BAD e a RBE, a definição de um referencial de formação específico, abrangendo domínios como:

  • atendimento ao público e relações interpessoais;
  • trabalho em equipa;
  • organização e funcionamento da biblioteca escolar: recursos e serviços;
  • gestão e tratamento da documentação e da informação;
  • leitura e literatura infantojuvenil;
  • literacia da informação e dos media;
  • tecnologias da informação e da comunicação na ótica do utilizador.

 

Estes referenciais convergem numa mesma convicção: a biblioteca escolar eficaz depende de uma equipa integrada, onde o elemento não docente – o Assistente de Biblioteca – garante a qualidade e a continuidade do serviço educativo.

Funções do Assistente de Biblioteca Escolar

O Assistente de Biblioteca Escolar, pertencente às carreiras de Assistente Operacional ou Assistente Técnico, assegura a abertura permanente e o funcionamento regular da biblioteca. A sua presença permite o equilíbrio entre a gestão técnica, o atendimento e o apoio direto à comunidade educativa. As suas funções nucleares incluem:

  1. Apoio técnico-documental – colaboração na gestão e tratamento da coleção, alimentando bases de dados, realizando inventários, classificações e etiquetagens, e atualizando registos bibliográficos segundo normas da RBE.
  2. Serviço de referência e gestão diária – atendimento, orientação na pesquisa, apoio ao uso de recursos de informação, plataformas e equipamentos digitais.
  3. Assegurar o funcionamento da biblioteca – serviço de empréstimo, circulação documental, cumprimento das normas de funcionamento e gestão de prazos.

Consequências práticas da existência de Assistentes de Biblioteca

As bibliotecas escolares com Assistentes de Biblioteca mostram maior tempo de abertura ao público, melhor organização dos recursos, apoio mais eficaz a docentes e alunos, e projetos de leitura e literacia mais consistentes. Em sentido inverso, a ausência destes profissionais compromete o funcionamento diário da biblioteca, limita o acesso da comunidade e fragiliza o contributo da BE para a promoção da leitura, literacias e inclusão — especialmente em contextos socioeconómicos vulneráveis.

Assim, a existência destes profissionais não representa um luxo, mas uma condição essencial para o funcionamento pleno das Bibliotecas Escolares. Esta não é apenas uma questão de eficiência, é também uma questão de equidade. Quando uma escola luta por ter um assistente de biblioteca, está a defender não apenas a sua biblioteca, mas também o princípio de que todas as comunidades escolares merecem igualdade de acesso a serviços de qualidade.

 

Referências

International Federation of Library Associations and Institutions. (2002). The IFLA/UNESCO school library manifesto: The school library in teaching and learning for all. IFLA/UNESCO.

International Federation of Library Associations and Institutions; UNESCO. (2025). IFLA-UNESCO school library manifesto. IFLA. https://repository.ifla.org/items/c9f90a1b-dcb7-4c16-a11c-30b53b7b333d

International Federation of Library Associations and Institutions. (2015). IFLA/UNESCO school library guidelines (2nd rev. ed.). IFLA. https://repository.ifla.org/handle/20.500.14598/58

Portugal. Ministério da Educação. Rede de Bibliotecas Escolares. (2022, junho). Assistente de biblioteca escolar. RBE. https://rbe.mec.pt/np4/Assistente-de-biblioteca-escolar-doc.html

Portugal. Conselho Nacional de Educação. (2020, 23 de outubro). Recomendação n.º 4/2020. Diário da República, 2.ª série. https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/recomendacao/4-2020-146202135

Veiga, I. (Coord.), Barroso, C., Calixto, J. A., Calçada, T., & Gaspar, T. (1997). Lançar a Rede de Bibliotecas Escolares. Ministério da Educação. https://www.rbe.mec.pt/np4/%7B$clientServletPath%7D/?fileName=lancar_rbe.pdf&newsId=105

 

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

555 - Reflexões em torno da celebração do mês Internacional das Bibliotecas Escolares 2025

O Mês Internacional das Bibliotecas Escolares (MIBE), celebrado todos os anos em outubro, constitui um momento estratégico para reforçar o valor e a relevância das bibliotecas escolares junto das comunidades educativas. Mais do que um ritual de calendário, trata-se de uma oportunidade de visibilidade pública, de mobilização da comunidade escolar e de reforço da identidade da biblioteca como espaço de aprendizagem, cultura, cidadania e inovação. Em 2025, o tema escolhido pela Rede de Bibliotecas Escolares — “Para além das estantes: IA, bibliotecas e o futuro das histórias” https://www.rbe.mec.pt/np4/MIBE.html — introduz uma dimensão muito atual: o impacto das tecnologias emergentes, em particular da inteligência artificial (IA), sobre as formas de produção, mediação e consumo da informação e da literatura.

Este mote remete-nos para dois desafios centrais: por um lado, como integrar as ferramentas de IA no contexto da educação e da biblioteca escolar de forma crítica e criativa; por outro, como reafirmar a singularidade humana da leitura, da imaginação e da mediação cultural, num tempo em que os algoritmos começam a participar ativamente na geração de textos e histórias. Assim, o tema não é apenas tecnológico, mas profundamente pedagógico e ético, uma vez que nos obriga a refletir sobre autoria, criatividade, originalidade, direitos digitais e literacia crítica da informação.

A biblioteca escolar, pela sua missão, encontra-se num lugar privilegiado para assumir este debate. Ao contrário de outros espaços da escola, a biblioteca conjuga três dimensões fundamentais: o acesso universal ao conhecimento, a mediação pedagógica da leitura e da informação, e a promoção de uma cidadania ativa e consciente. Nesse sentido, o MIBE 2025 deve ser encarado como uma oportunidade para reposicionar a biblioteca no centro da escola, demonstrando que ela não se limita a ser “um espaço de livros”, mas um laboratório de literacias múltiplas: literacia da leitura, da informação, dos media e, agora, também literacia digital e de IA.

A introdução do tema da inteligência artificial na agenda das bibliotecas escolares é coerente com tendências internacionais. A IFLA (International Federation of Library Associations and Institutions) tem sublinhado a necessidade de os bibliotecários assumirem um papel ativo na mediação tecnológica, não apenas garantindo acesso a ferramentas digitais, mas também formando cidadãos críticos capazes de compreender os mecanismos subjacentes às tecnologias emergentes. De igual modo, a UNESCO e a União Europeia defendem que a educação para a cidadania digital e para o pensamento crítico deve incluir a compreensão de como funcionam os algoritmos, como são produzidos os conteúdos digitais e quais os riscos e oportunidades associados.

Ora, a biblioteca escolar, ao explorar com alunos e professores as potencialidades e limitações da IA na criação de histórias, posiciona-se como um espaço de vanguarda e reflexão ética, e não apenas como um serviço de apoio ao estudo ou de mero uso do tempo livre. Ao propor atividades que contrastem narrativas produzidas por seres humanos e narrativas geradas por algoritmos, as bibliotecas tornam visível a especificidade da imaginação humana, mas também a necessidade de compreender criticamente as novas ferramentas.

Além disso, não se pode esquecer que o MIBE é também um momento privilegiado para práticas de promoção, marketing e advocacy. Muitas vezes, as bibliotecas escolares realizam atividades internas, restritas ao espaço da escola, sem a devida comunicação para além das suas paredes. Isso faz com que a sua ação, por mais relevante que seja, se torne invisível para a comunidade educativa mais alargada e para os decisores institucionais. Ao contrário, o MIBE deve ser encarado como um palco estratégico para mostrar resultados, evidências e impactos, quer através de dados concretos (estatísticas de utilização, número de empréstimos, frequência de atividades), quer através de narrativas humanas (testemunhos de alunos, professores, famílias).

O marketing e a comunicação são, assim, aliados fundamentais. A biblioteca deve pensar em campanhas visuais, notas de imprensa, exposições digitais e presenciais, conteúdos para redes sociais e colaborações com parceiros externos (autarquias, associações culturais, universidades), de modo a amplificar o alcance da sua mensagem. É importante recordar que o marketing em bibliotecas não se limita à promoção de serviços, mas corresponde a um conjunto de estratégias que visam alterar perceções e reforçar o reconhecimento social da biblioteca como instituição indispensável.

Neste contexto, o advocacy torna-se o ponto alto: é o ato de defender ativamente o direito à biblioteca escolar e o valor da sua existência. Celebrar o MIBE 2025 numa lógica de advocacy significa ir além da mera organização de atividades festivas: implica utilizar cada ação como um argumento visível, que mostre à comunidade educativa, aos pais, às autarquias e aos decisores políticos que a biblioteca escolar é um investimento que transforma vidas.

Por isso, as atividades propostas para este MIBE devem ter intencionalidade comunicativa e política. Cada sessão, oficina ou exposição deve estar associada a mensagens-chave: “a biblioteca liga a escola às tecnologias do futuro”, “a biblioteca é espaço de literacia crítica”, “a biblioteca garante acesso equitativo a narrativas plurais”, “a biblioteca humaniza o uso da inteligência artificial”. Ao transmitir estas mensagens de forma consistente, através de diferentes canais, os professores bibliotecários estarão não só a celebrar o MIBE, mas também a fortalecer a posição da biblioteca no ecossistema educativo.

Em suma, o tema “Para além das estantes: IA, bibliotecas e o futuro das histórias” oferece uma oportunidade para repensar a identidade da biblioteca escolar. Ao ligar tradição (a leitura, a narração oral, a literatura) e inovação (a IA, os algoritmos, as narrativas digitais), a biblioteca afirma-se como um espaço de mediação entre passado e futuro, capaz de acolher os desafios do presente sem perder a sua missão essencial: formar leitores críticos, cidadãos informados e comunidades mais conscientes.

Assim, o MIBE 2025 não deve ser encarado como mais uma comemoração, mas como um ato estratégico de promoção, marketing e advocacy, que reposiciona a biblioteca escolar no coração da escola e da sociedade.

Sugestões de atividades (promoção, marketing e advocacy) adaptadas ao tema

Para além das atividades mais ou menos usuais organizadas pelas bibliotecas, apresentam-se ideias passíveis e focadas para levar à prática.

 

Tipo de ação / fase

Descrição / exemplo prático

Objetivo de promoção / advocacy

Sessão inaugural “IA e narrativas: conversar o ontem e o amanhã”

Convidar um especialista em IA, escritor ou investigador para fazer uma palestra ou debate aberto com a comunidade escolar.

Elevar o estatuto da BE como espaço de reflexão contemporânea; atrair visibilidade institucional.

Exposições híbridas

Misturar exposições físicas e digitais com “versões” comparativas de narrativas humanas vs narrativas geradas por IA, mostrando como a IA pode “recontar” histórias.

Mostrar concretamente o impacto da IA nas narrativas; instigar curiosidade e diálogo com público mais amplo.

Oficinas “Escrita com IA vs Escrita humana”

Propor que os alunos redijam narrativas normalmente e, em paralelo, gerem narrativas com ferramentas de IA (sob orientação). Comparar, discutir vantagens, limitações e ética.

Tornar visível o valor do humano, valor da mediação e sensibilidade literária; posicionar a BE como espaço de literacia crítica.

Concursos criativos de prompts / microcontos IA

Criar um concurso em que os alunos formulam “prompts” que gerem narrativas por IA, depois adaptam ou revisitam essas narrativas.

Incentivar o protagonismo dos alunos; gerar conteúdos partilháveis nas redes da escola e comunidade.

Sarau “Histórias híbridas”

Evento literário onde alunos, professores e famílias leem e comentam narrativas humanas e produzidas por IA, seguidas de debates sobre autoria e originalidade.

Tornar a biblioteca visível como palco cultural; envolver diferentes segmentos da comunidade.

Ciclo de debates “Ética, criatividade e IA”

Painéis ou mesas-redondas com professores de ética, filosofia, informática ou parceiros externos para refletir com alunos.

Reforçar a BE como espaço de cidadania digital e mediação cultural.

Galeria de depoimentos “Histórias que inspiram – à moda humana”

Recolher testemunhos de professores, alunos, pais sobre narrativas ou leituras que transformaram suas vidas (sem IA).

Restaurar o valor humano da leitura e da mediação; humanizar a proposta da BE.

Publicação e partilha de dados de envolvimento

Infográficos mostrando quantos participantes nas oficinas, quantos prompts criados, número de leituras híbridas, etc.

Demonstrar resultados, reforçar a legitimidade da BE perante direção, comunidade e órgãos decisores.

Desafio “Biblioteca + IA nas redes”

Criar reels ou pequenos vídeos com comparações de textos gerados por IA vs textos do acervo da biblioteca, convidando seguidores a “adivinhar qual é qual”.

Aumentar o alcance digital da BE e gerar interação com público jovem e externo à escola.

Sessão de encerramento e “Memória híbrida”

Apresentar os resultados das atividades, divulgar os trabalhos produzidos (prompts, microcontos), entregar prémios e abrir um diálogo sobre futuros usos da IA na biblioteca.

Concluir com visibilidade, mostrar impacto e envolver autoridades escolares e externas.

 

João Paulo da Silva Proença

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Nota: Para a elaboração de sugestões para a celebração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares foi usada a Inteligência Artificial. 

Fontes:

European Commission. (2025, August 13). Ethical guidelines for educators on using artificial intelligence. European Education Area. https://education.ec.europa.eu/focus-topics/digital-education/action-plan/ethical-guidelines-for-educators-on-using-ai

IFLA. (2025, May 15). Declaração sobre direitos de autor e inteligência artificial [Post de blogue]. Blogue RBE. https://blogue.rbe.mec.pt/ifla-declaracao-sobre-direitos-de-autor-2952989

International Federation of Library Associations and Institutions. (2025, June 4). IFLA-UNESCO school library manifesto 2025. IFLA Repository. https://repository.ifla.org/items/c9f90a1b-dcb7-4c16-a11c-30b53b7b333d

RBE – Rede de Bibliotecas Escolares. (s.d.). Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE). https://www.rbe.mec.pt/np4/MIBE.html

UNESCO. (2025, February 21). Inteligência artificial e educação: O papel da IA nas políticas educacionais. UNESCO. https://www.unesco.org/pt/articles/inteligencia-artificial-e-educacao-o-papel-da-ia-nas-politicas-educacionais

 

terça-feira, 31 de março de 2020

554 - A Comprehensive Cyberbullying Guide for Parents

A questão do cyberbullying sempre tão atual...

Encontrámos o guia abaixo e não resistimos a publicá-lo com o link para a sua leitura integral (ver abaixo)

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A Comprehensive Cyberbullying Guide for Parents


Table of Content

An Introduction to Cyberbullying

Digital technology is quickly becoming ubiquitous in our society. The vast majority of individuals now travel with at least one device on their person. This has its advantages, as people can gain access to real time information as well as communicate with social contacts and business associates. It is also useful for day to day activities such as travel times, geolocation and weather information. And this trend is going to continue as new technology continues to be developed.

Continuar a ler em: aqui

segunda-feira, 16 de março de 2020

terça-feira, 6 de novembro de 2018

551 - Compreensão leitora ou a literacia da informação


Reading comprehension 👉🏼👉🏼 is the ability to process words, understand their meaning, and to integrate them with what you already know as the reader. 
Strategies 👇🏼👇🏼👇🏼
•Re read the text
•Think about what you already know • use given clues
• Read between the lines
• Talk yourself through what you are reading •Summarize the story
•Use key words •make predictions •Break down the words
•Visualize
•Use graphics • evaluate understanding 

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

550 - Projeto Europeu READ ON - concursos 2019

Participa e divulga os concursos de promoção da leitura e da escrita no âmbito do Projeto Europeu READ ON.  (www.readon.eu)


contadores de histórias 

My life in strips 

Escrita criativa 

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

548 - Projeto ERASMUS+ COURAGE - veja o filme oficial.

Conheça um dos produtos do projeto ERASMUS+, Courage, que versa sobre a situação dos jovens NEET na Europa. Neste filme, os parceiros, apresentam boas práticas que identificaram nos seus países de origem no combate a este flagelo.

Fique a conhecer este projeto em: https://eucourage.weebly.com/ e siga-o em: https://www.facebook.com/eucourage/    

domingo, 15 de julho de 2018

547 - Radio Gargate: Sessão Experimental 1

É fantástico ver o que os miúdos fazem quando se lhes lança um desafio. A partir do projeto Europeu  READ ON  (com a formação de alunos) e do orçamento participativo da escola, nasceu a Rádio Gargaté (Charneca da Caparica, Portugal) . Na passada semana esta rádio teve a sua primeira emissão experimental. Vale a pena ouvir. 
     

quarta-feira, 6 de junho de 2018

546 - Boas práticas no combate à situação dos NEET em 5 países Europeus - Courage project

Este filme foi produzido mo âmbito do projeto europeu Courage e procura mostrar práticas de 5 países europeus no comate ao flagelo NEET na Europa.

domingo, 22 de abril de 2018

545 - Projeto Eurpeu Read On - 10 minutos a ler



Projeto READ ON

No Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté (Charneca de Caparica, Portugal) todos os dias são Dia do Livro! Vinte minutos por dia (10 de manhã e 10 de tarde) , todos os dias a Ler+, apoiando e disseminando a paixão pela leitura nos jovens.

segunda-feira, 12 de março de 2018

543 - James Henri - a lasting legacy.

James Henri - a lasting legacy.


Texto a partir daqui

James Henri 1952-2018


Yesterday we lost a giant in the Teacher Librarian field, a man who mentored and championed so many Teacher Librarians across the world. James Henri was a huge influence in my professional life and who opened so many doors and opportunities to and for me. This post will be about how James affected me.

I first met James as one of my teachers in the Distance Education Masters of Applied Science (TL) course I started in 1998 through Charles Sturt University. If my memory serves me correctly, he was the director of the course and was steering it in the direction to be a leader in the field. I was guided under his tutelage along with Lyn Hay, Linda Langford and others I cannot remember the names of.  I was based in Hong Kong at the time and it was early days of distance learning - the internet had not been widely rolled out yet, assignments had to be posted by snail mail and communication was tough. By the time I finished in 2002, the internet was running hot, email was the new norm, online platforms were being developed and MOOs were the new big thing and, the course reflected this.

He and I had numerous online discussions about course expectations and he dealt with my complaints and rants about too much work with grace and compassion, and was always open to feedback on how the course could be improved. I met him in person when he visited Hong Kong as a visiting consultant for Hong Kong University. I met him at South Island School where a librarian called Sheila worked. I was in awe, but as always, he was humble, graceful and always open to learning something new. We had lunch in a very local cafe and great conversation about his life and how he came to do what he was doing. He often visited Hong Kong after that and we caught up many times.


Dinner with James on one of the many times he passed through HK

About the same time of my graduation in 2002, James accepted a job at Hong Kong University to build a similar programme for teacher Librarians in Hong Kong, and he moved to the same country I was based in. He quickly reached out to connect to people he knew and we had a few lunches and dinners planning and plotting. James had had some influence with the HK Department of  Education,  and persuaded them that every school should have a teacher librarian, as a byproduct of this, he encouraged and offered me opportunities to work with the HK Education Department in facilitating short (3 hour) courses for training these new Teacher Librarians.

Over dinner in Lan Kwai Fong one evening in 2002 James brought up the topic of the IASL conference being held in Malaysia and asked if I had thought about presenting. I mentioned that I didn’t really think I had too much to offer as I had only just finished the Masters programme and really was just a beginner. He was very patient with me and suggested that I had much to offer, and we came up with “Short Cut cataloguing for Busy School Liibrarians”  It was an interesting experience as I had planned for the workshop to be interactive and online, however, I had made the assumption that the internet would be available for the participants at the conference in Malaysia. It was not. It was my first foray into presenting at conferences, and it was baptism by fire with having to think on my feet. It was also the first conference I had ever attended as a Teacher Librarian. I attended with my colleague Andrea Walker, we had both been funded by our school to attend and came back with so many ideas and after attending a session by Dr. Blanche Woolls on how to write proposals, we wrote one and it was accepted.   This conference was where I had first met Ross Todd, Lyn Hay, Suzette Boyd and Linda Langford in person and we went on a shopping trip to a mall in Kuala Lumpur. I remember James saying to me that even when you are at the top of your game, there is a responsibility to not rest on your laurels and to help to build others and  that conferences are not just about what you can get out of them, but what you can contribute. It was a life changing comment for me and a phrase he lived by.

The HK EDB short courses quickly developed into a post graduate full course with credentials through the Hong Kong University School of Professional and Continuing Education (SPACE), he needed staff and I was one he asked along with Betty Chu, Fanny Chan, Angel Leung, all HK Teacher Librarian superstars.  Others were invited into the fray over the years - Sandra Lee, Dana Dukic and Clare Palmer, all with specific skill sets he needed to build this course.

In 2003 the IASL conference was coming up, again James encouraged me to present, this time in   Durban, South Africa: "School Libraries: Breaking Down Barriers” My presentation was "Don't Buck it - bend it. Using your school system to increase your influence, to create the working environment you desire”. This conference was where I had met my now friend and colleague in IB crime, Gary Green.

In 2004 James was the drive behind ensuring Hong Kong was the host for the 2005 IASL Conference "Information Leadership in a Culture of Change”. He gathered a team together of those who were living and working in HK including Sue Garner, Carolyn Sinclair, Clare Palmer Livesy Luk, Betty Chu, Peter Warning and others I cannot remember now. It was a tough and long term role, but very rewarding working with these people. The conference was a much  different style to the regular IASL super extravaganzas as it was focused on the learning and minimising costs to the participants. It showed us that conferences could be modest affairs and still have learning and networking happen.

The IASL HK organising committee - not sure why James is not in this photo, maybe he got his own photo.

In 2007 James became president of IASL - this was a long time coming, and I am unsure of why it didn’t happen sooner. He was a bit of an outsider with making things happen and pushing people, so perhaps people were a little bit scared of what may happen if he held the Presidency.

In 2009 James focused on developing online conferences with Sandra Lee with Your School Library and again he invited me to be a part of this new way of learning. I did so using voice thread on how I developed a new library in 23 days. He was always pushing the edge of what was possible. Online learning was still in its infancy outside of education institutions. Sandra and James developed 6 of these online conferences over a few short years.

James left HK University and moved back to Hobart to be with his family, but would travel back and forth often on his way through to China, where he was working as a consultant through being the chairman of The Chen Yet-Sen Family Foundation for building and developing school libraries in China. He loved working with the Chinese people, and they enjoyed his company, expertise, and wry sense of humour very much.  

It was good to see him fairly regularly after his departure from Hong Kong and hear about his family whom he cared deeply about.

He was also involved in organising the Int'l Education and Technology Conference of Web Symposium Consortium in HK in 2014 in connection with the HK Government and Charles Sturt University, and again he asked me to present. 

The last time I saw James in person was in 2014 when we were in negotiations about building a conference in partnership to be held in HK for Teacher Librarians, it didn’t happen due to a number of reasons, but it did lead to me to organise and facilitate a initial mini conference in Hong Kong (which has since been repeated in Beijing and Prague) and to start my own business to move into consulting, workshop development and conference organisation. Going way beyond what I thought was possible as a fresh graduate from CSU in 2002.

James Henri was a gifted man in the field of not only school librarianship, but in negotiation, persuasion, future vision and for not only taking bold and calculated risks, but also encouraging others to do so. He was an outlier according to Malcolm Gladwell's definition “of being a truly exceptional individual who, in his or her field of expertise, is so superior that he defines his own category of success”. James was never after the limelight, and seemed to take pride only in what he could get others to achieve. He thrived on working with others who needed him the most.

To continue with the Gladwell connections, James Henri was also a connector - he knew people across an array of social, cultural, professional, and economic circles, and made a habit of introducing people who work or live in different circles so they could benefit from each others expertise and connections. (The tipping point, Gladwell)

He was a maven by being an information broker, sharing and trading what he knew about School librarianship, politics, people and anything he could connect with, and if he didn't know it he would find out through research. He was also a salesman, he was charismatic with powerful negotiation skills. It was hard to say no to James when he asked. He had an indefinable trait that goes beyond what he said, which made others want to agree with him and travel the path with him. I know James would protest about me using Gladwell's terms to describe him, but I think they are the best descriptors for what he did.

He was an integral part of my professional life for so many years, a friend, a mentor and confidant. I will miss him and miss seeing what he is up to next.

Vale James Henri, you are a remarkable man who has left a huge legacy behind.


Post Script:  Along with James enthusiasm for helping others, he was not always the best at asking or expecting payment for his services. His daughter has set up a page to help with funeral and left over medical expenses, if you would like to contribute to help his family at this time as a way of thanking them for his mentorship, I am sure they would appreciate it.  Donate here

sábado, 17 de fevereiro de 2018

541 - A biblioteca Holland House, Londres, setembro de 1940

Fotografía, tirada em setembro de 1940 em Londres após um bombardeamento da Lutwaffe.  Três pessoas, talvez utilizadoras frequentes da biblioteca Holland House, continuam procurando libros no meio do caos e da destruição . No meio da ruina e do horror, a vida continua.