segunda-feira, 12 de setembro de 2016

502 - Handbook do Projecto Erasmus+ KA1 MAIS

Partilho aqui o handbook do projeto Erasmus+ KA1 MAIS 2015-1-PT01-KA101-012687:
que resultou da reflexão de 15 docentes do Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté na Charneca de Caparica que participaram no referido projeto.

Apresento de seguida o sumário deste projeto:
We consider identity in school cluster (AE) a practice and a culture that values openness to innovation, the desire to do better by sharing experiences, doing everything in a sustainable way. The AE is still featured by an international dimension and the promotion of European citizenship and currently, the AE feels very motivated by the process of recovery its internationalization. This European mobility plan contributes to the achievement of some of the objectives of its educational project (cf. http://crelorosae.net/joomla/index.php/documentos). The AE intends to keep its European dimension by developing the following strategic areas:
- Respecting the cultures and habits of other European partners stimulating a pedagogical practice based on the values of tolerance and respect, thus contributing to the elimination of stereotypes and prejudices in the educational community;
- Integrating students in projects with a European dimension;
- Encouraging collaborative work processes using the eTwinning platform and other online networks.
A proposal for mobility of 11 teachers (about 10% of AE teachers) who will participate in three European courses suitable for their training needs and the objectives described above, to be held in Finland and Canary (New learning environments; "School management and Healthy teachers - Healthy school "). The choice of these participants was made according to the AE training needs described above, from an invitation issued to the group of teachers.
To accomplish this project and achieve these goals, a European partner was elected which would guarantee excellent results. Finland was chosen for being a universally acknowledged fact that it is, repeatedly, one of the world's countries in which students have better results in PISA tests and whose teaching quality is considered exemplary. It is also commonly referred that teacher training is exemplary in that country and they choose the best to teach. Finally, echoes about the quality and accuracy of management are worthy of mention in most educational forums.
We know that the organizer of the courses, "EduKarjala", has already 20 years of experience in the management of programs: Lifelong Learning (LLP), adult education and European study visits organization and that this organization has the support and partnership of the University of Eastern Finland. We have reasons to believe in both the quality of courses and in the training organizers, as well as in the richness of the practical course content.
This project gives teachers also the opportunity to share and discuss with other participants the issues of training, to upgrade skills and professional profiles, to improve the quality of professional development.
It is enhanced the appreciation of the teaching profession through motivation and personal and professional satisfaction and a very positive impact on teaching practice (creation of new learning environments, promoting innovation and excellence, appreciation of healthy lifestyle practices, ...) and the daily relationships established between peers, with students and others members from the educational community.
The contact with other partners will allow a greater understanding of the policies of organizations and a greater empowerment of the action at European level. Informal conversations are also a benefit, allowing the development of English language proficiency and the discovery of new forms of cooperation, which will greatly contribute to the construction of a European scale and identity.
Because of this internationalization, the school cluster expects that research, reflections, training and the developed new practices / products practices / products have relevance and applicability, can be transferred to the practices of other European countries, and may be especially useful in minority groups, marginalized and ethnic minorities.
The group is committed to promote the development of the project on the web page, social networks and other usual means of communication. A handbook with the project’s best practices will be published. 



terça-feira, 6 de setembro de 2016

501 - Créer et organiser une exposition en bibliothèque : Guide pratique gratuit

Créer et organiser une exposition en bibliothèque : Guide pratique gratuit


expoExposer en bibliothèque ? (PDF, 27 pages) C’est un nouveauguide pratique gratuit téléchargeable, mis en ligne par l’ARL PACA (Agence Régionale du Livre) à la rentrée 2016.
Comment créer et organiser une exposition en bibliothèque ? La question est redondante de la part des bibliothécaires, professionnels et bénévoles de la lecture publique.
L’ARL PACA a conçu ce guide afin de partager son expertise et de proposer une méthodologie simple pour mettre en oeuvre une exposition réussie.

Créer et organiser une exposition en bibliothèque : Mode d’emploi

Les lieux de savoirs et de connaissances que sont les bibliothèques, font naturellement qu’ils sont aussi des lieux demédiation et de valorisation de la Culture et du patrimoine. Aussi, exposer en bibliothèque participe au développement et à la diversification de la médiation culturelle en bibliothèque.
Ce guide propose un mode d’emploi efficace pour organiser une exposition avec des points-clés, de nombreux conseils et 8 focus ; bref, un dossier pratique essentiel qui pose les bonnes questions et apporte des réponses utiles.
Bien au-delà des bibliothèques, ce guide peut servir à des EPNécolesétablissements culturels qui proposent ou souhaitent faire des expositions dans leurs locaux.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

500 - Curtas na Biblioteca (20 anos RBE)

A Rede de bibliotecas Escolares comemora 20 anos de vida. Lançou-se um desafio às bibliotecas escolares: 
"Promove a tua biblioteca com uma curta! pensa Sozinho ou com um grupo de amigos, reflete sobre o que mais te atrai na tua biblioteca. Tens um smartphone, um tablet, uma câmara de vídeo? Realiza um filme com o máximo de 2 minutos. Sê arrojado, criativo, original! Diverte-te!
Só um filme representará a tua escola."

Eis o produto final apresentado pela Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira no Seixal



Para votares no vídeo favorito vai a https://www.facebook.com/rbeportugal/videos Este é o 104

terça-feira, 5 de abril de 2016

499 - Reflexões sobre o sistema educativo Finlandês V


Na sequência das minhas publicações anteriores (ver etiquetas:Joensuu, Finlândia, projeto MAIS ou sistema educativo Finlandês), sigo continuando o meu relato sobre a minha dupla experiência em Joensuu, na Finlândia a segunda das quais no âmbito do projeto Erasmus+ KA1 MAIS desenhado pelo AE Carlos Gargaté, onde leciono, e pelo qual fui frequentar um curso sobre gestão escolar.  


II - Perplexidades 2ª parte


8 –A Finlândia vai fazer uma reforma curricular – Então mas o sistema educativo finlandês não dá frutos de excelência? então mexe-se num sistema ganhador? Podemos aduzir que a lógica da reforma tem a ver com a adequação do ensino aos novos tempos em que vivemos: Thinking skills, artes e expressões, formas de trabalhar e interagir, autoconsciência e responsabilidade pessoal; participação e iniciativa. 
Então mas os alunos finlandeses não tinham já estas competências adquiridas? 
hum... Claro que se percebe onde a Finlândia quer chegar e a criação de uma área de integração de saberes faz sentido, mas então não se pinte tudo de cor-de-rosa. 
 
9 - A Finlândia que acabar com a avaliação preferencial por testes escritos (pag 25 - basic education) valorizando a existência de outros instrumentos de avaliação. Então, mais uma vez, se se quer mudar, é porque há uma prática que não é conforme.
 
10 – Neglicência dos pais – Embora os números sejam baixos, na Finlândia também há abandono da escolaridade e negligência por parte dos pais e encarregados de educação - 202 casos em 2013 de abandono da escolaridade obrigatória e não completar a escolaridade obrigatória na idade adequada 
 
11- A sala de aula - Este é um aspecto interessantíssimo a relatar. O sistema educativo finlandês é extremamente aberto e qualquer um pode entrar numa sala de aula e observar. Já tive esse privilégio umas poucas de vezes. Entrei na sala que quis, sem ninguém a acompanhar-me e observei. E o que vi?  O mesmo que veria numa sala de aula portuguesa. Um professor a ensinar de uma forma mais ou menos tradicional e alunos atentos e outros desatentos!  Qual a diferença então? creio que o segredo está na consciencialização de cada um. O professor sabe o seu papel, sabe que é competente e ensina. Não perde tempo a corrigir comportamentos menos adequdos. O aluno sabe que se estiver desatento tem que recuperar sozinho. Não se pense que há um ensino marcado pelo uso das tecnologias ou que os professores têm artes mágicas. Ensinam todos da mesma forma. A Questão é que lá, não se procuram culpados para o insucesso e não se aponta o dedo ao professor. Confia-se no seu trabalho e muito. Isso muita tudo. Eu estou a dar uma aula onde sei que o meu diretor e os meus colegas confiam no meu trabalho. 


12 – E qual a razão do sucesso PISA? O background cultural pesa? Penso que sim! penso que também contribui um pouco para os resultados e que os alunos entram na escola com 7 anos, logo estes ao fazerem os mesmos testes são mais velhos. 


13 – Afinal também há situações difíceis entre os professores na Finlândia - Uma sessão do curso versou sobre a questão de professores que abusam do álcool e drogas, dos professores que já não são tão capazes, dos problemas de relacionamento entre pares e/ou professores e alunos. Também há pais desafiadores. Afinal têm os melhores como professores, mas é preciso trabalhar com eles alguns aspectos. Lá como cá. Chama-se a isto a necessidade da formação contínua e acompanhamento pelos pares. 
Frases que ouvi nessa sessão: "You do not must to be the best friend, but you must cooperate";"se tens alguma coisa a dizer é agora, ou cala-te para sempre"; "Fala agora, não vás lá para fora … responder à mesa"; "be patient"; "you must take your role… if you don’t, others will do it for you.", "You are on the stage";"I have to learn more things"; "Estiveste 5 anos na faculdade e não és capaz de fazer isto?" 
No fim de contas estamos a falar de liderança, diálogo, promoção de competências para aqueles que andam menos bem: "Everyday you have one thing to learn"; "Estás satisfeito com o que fizeste neste dia? I have done my best!"



15 - há uma questão de género nas escolas finlandesas: elas têm melhores notas, eles abandonam mais, há cdomportamentos desajustados e pensa-se atribuir cotas para os homens poderem ser professores, pois só pela nota nunca chegarão lá! 
 
Hum... quero crer que endeusar em demasiado fazendo contraste só pode levar a um desânimo e frustração. Não pode ser tudo bom por lá e nada bom cá e também não vale puxar do exemplo da Finlândia só para o que interessa.  
 

terça-feira, 15 de março de 2016

498 - Reflexões sobre o sistema educativo Finlandês IV


Na sequência das minhas publicações anteriores (ver etiquetas:Joensuu, Finlândia, projeto MAIS ou sistema educativo Finlandês), sigo continuando o meu relato sobre a minha dupla experiência em Joensuu, na Finlândia a segunda das quais no âmbito do projeto Erasmus+ KA1 MAIS desenhado pelo AE Carlos Gargaté onde leciono na qual fui frequentar um curso sobre gestão escolar.  


II - Perplexidades 1ª parte


1 - Filosofia docente 
Este é um ponto interessante e paradoxal, pois é preciso ver para lá das palavras e dos discursos. Um dos tópicos do curso de gestão escolar que frequentei era a filosofia docente na Finlândia e, sobre isto, tirei os seguintes apontamentos:
 
Um professor deve: 
- Assumir-se como líder valorizando o diálogo e não o “diz que diz” na sala de professores. Deve falar diretamente ou calar-se para sempre;
-  Deve assumir-se e assumir o seu papel. Se o não fizer, outros o farão por si. Está no palco;
- O diretor/o professor é um treinador de uma equipa de futebol (ou maestros). Tem de colocar as pessoas nos sítios certos --> elas é que tocam;
- Há um trabalho de mentorização a ser feito junto dos professores: Motivação, Aprendizagem, inovação, satisfação;
- Devem ser responsabilização das estruturas intermédias: autonomia, liberdade, responsabilidade;
- É necessário apostar no potencial de cada professor – perguntar-lhes o que podem oferecer à escola;
- O diretor deve assumir que gere gente altamente qualificada: não posso admitir que um professor me diga que não sabe falar em público.

Então pergunto eu:
- Não estamos perante um corpo docente escolhido a dedo e só os melhores é que vão. Então apesar disso também há problemas? Então este assunto faz parte do curso? então é porque é trabalhado nas escolas Finlandesas. Se o não fosse não era tema do curso. A gente só precisa de reflectir sobre aquilo que quer melhorar. Certo? 
Afinal os professores finlandeses são da mesma massa dos portugueses. É é necessário trabalhá-los. Certo?  

2 – Na Finlândia estão a fazer uma reforma curricular que entra já em vigor em 2016 e 2019. Então mas então não funcionava tudo bem na Finlândia e os resultados não eram excelentes? 
Bom, lendo o contexto da reforma percebe-se a ideia. Não é que nada funcione, mas é necessário adaptar a escola à época em que vivemos onde a informação e a mudança nos saberes hiper abundam. Irá ser introduzida uma área de integração onde se cruzarão saberes. Ora esta é uma bofetada de luva branca para quem desacreditou da área de projeto. Também se querem jovens que tenham uma iniciativa e intervenção cívica (hum, se se quer é porque não há o desejado, certo?); defende-se ainda um reforço da literacia da escrita e da leitura (vale o mesmo raciocínio anterior). 
 
3Uso das TIC – Existe uma desigualdade de acesso na Finlândia. Cerca de 80% das escolas tem 10 alunos por computador, mas há algumas onde há mais de 40 alunos por computador. As escolas são diferentes no uso das tecnologias e equipamentos e nem todos os professores as usam com fim educativo apropriado e adequado (uso pedagógico). 
 
4Resultados da aprendizagem – Há também uma questão de género na Finlândia. A Finlândia tem as maiores diferenças entre rapazes e raparigas in termos de literacia da leitura entre os países da OCDE. Também há diferenças regionais nos teste PISA (Rural/urbano)
 
5 - Resultados de aprendizagem II - Apesar da reduzida retenção, os rapazes retêm mais! (70% contra 30%) e parece que nada é feito para resolver esta questão. 

6 – Há uma necessidade verbalizada de apostar no bem estar dos professores - Chama-se a atenção para as condições de trabalho , equipamento disponibilizado, oportunidades para formação contínua, supervisão no local de trabalho, apenas metade dos professores têm computador no local de trabalho.
Esta questão é muito similar à referida acima. Então afinal parece que nem tudo funciona bem na Finlândia e ue´e necessário que estes façam formação contínua. 

7 -  5% dos alunos não gostam da escola - Com tão boas escolas e professores, em 2010, 5% dos alunos do 8º e 9º ano afirmaram não gostar nada da escola. 

Hum... quero crer que endeusar em demasiado fazendo contraste só pode levar a um desânimo e frustração. Não pode ser tudo bom por lá e nada bom cá e também não vale puxar od exzemplo da Finlândia só para o qu interessa.  

 

segunda-feira, 14 de março de 2016

497 - Reflexões sobre o sistema educativo Finlandês III



Na sequência das minhas publicações anteriores (ver etiquetas:Joensuu, Finlândia, projeto MAIS ou sistema educativo Finlandês), continuo agora o meu relato sobre a minha dupla experiência em Joensuu, na Finlândia a segunda das quais no âmbito do projeto Erasmus+ KA1 MAIS elaborado pelo AE Carlos Gargaté onde leciono na qual fui frequentar um curso sobre gestão escolar.  


I - reflexões gerais - 3ª parte


15 - Inspeção Geral de ensino 

Esta foi abolida desde o início dos anos 90 do século passado. Quebra-se assim a lógica da necessidade absoluta de Fiscais/papões externos que assegurem a qualidade de ensino, como se o que contasse para a qualidade não fosse o trabalho quotidiano de quem trabalha nas escolas e de quem avalia esse mesmo trabalho no contexto em que este foi realizado.  
Isto não quer dizer que não haja leis nacionais, nem grandes lnhas de trabalho e de orientação, mas cabe às escolas autoavaliarem-se e encontrarem processos de aferição do seu trabalho. 
(permita-se a nota pessoal de que nada tenho contra as inspeções e inspetores, creio é que algumas vezes as orientações  que deixam nas escolas e que se tornam normativas, são descontextualizadas e pouco ajudam ao trabalho e progresso da unidade orgânica) 


16 - Curiosidades obtidas a partir da leitura do documento: "Key figures on early childhood and basic educatiom in Finland"




  • Metade das escolas têm cerca de 100 alunos donde aquela ideia dos enormes centros escolares que se construíram em Portugal pode não significar, em absoluto, melhoria das aprendizagens, embora não negue que uma esdola com 4 ou 5 alunos não faz sentido ;  
  • 41% dos alunos escolhe um curso vocacional no 10º ano e não a continuação dos estudos de nível secundário e superior - pág 26 ;
  • 7% dos alunos tem special support e 13% tem special support e intensified support; 22% dos alunos do Ensino Básico teve special support em part time (Pág 41) isto significa que os alunos têm apoios de modo a recuperar atrasos e problemas de aprendizagem evitando retenções;
  • Só 0,4% (2000) alunos retêm por ano (Pag 44) - Isto significa que há todo um conjunto de apoios de modo a que os alunos acompanhem os grupos e a retenção não é considerada a saída para quem não trabalha. A retenção é considerada mesmo uma medida extraordinária e não uma das soluções para os alunos;
  • Os alunos podem fazer escolher fazer um ano de um 10º ano especial para fortalecer as suas aprendizagens ou apoiar a sua tomada de decisão no relativo à escola de uma orientação;
  • Na Finlândia há menos horas de aulas que a média europeia (Cf. pag. 15) 
  • apenas 8% dos alunos não poderá ir para a universidade (Cf. pag. 29) 

terça-feira, 8 de março de 2016

496 - As nossas fantásticas bibliotecas


 Tive hoje o privilégio de ser convidado para fazer parte de um júri de um concurso de leitura organizado pela Biblioteca Escolar de uma escola da margem sul do Tejo.

Para além do facto de ter assistido a uma belíssima atividade de promoção do gosto de ler com proficiência, comoveu-me e interessou-me uma atividade que os meninos de uma saal do Jardim de infância fizeram durante  o tempo em que o jurí decidia o vencedor.

Os meninos cantaram e teatralizaram a canção e isso não teria nada de extraordinário se não se desse o facto de que,  quando se vê isto numa visita a uma escola no estrangeiro se acha que lá eles fazem um trabalho fantástico e os meninos parecem felizes. Vendo o mesmo tipo de atividade, aqui em Portugal, muitos julgam-na banal.
Não é! é educação, é formação, é currículo. Confesso que me comovi tanto como se estivesse no estrangeiro!

Parabéns ao trabalho que os professores vão fazendo por esse país fora. Parabéns à equipa da Biblioteca por estar tão bem integrada na vida desta escola.
P.S. E não é que os meninos liam mesmo bem?