Precisamos de inventar as Bibliotecas deste século. Estas deverão ser algo muito pouco estático, continuamente reinventadas, tecnologicamente avançadas e, sobretudo, ao serviço do utilizador.
Hoje
viveu-se um momento de festa em Almada: foi inaugurada uma nova Biblioteca Escolar
(a 50ª no concelho) na EB1 dos cata ventos da paz do Agrupamento de Escolas Emídio Navarro.
No
contexto da sociedade atual, uma biblioteca escolar tem um papel central no
sentido de promover nos alunos a aquisição de competências ao nível da leitura
e das literacias, para a formação de cidadãos críticos e autónomos e para a
melhoria das aprendizagens em geral.
Acresce-se
ainda, como desafio e função para a biblioteca escolar, a recente publicação da
resolução do conselho de ministros n.º 48-0/2017 que aprova as linhas
orientadoras do Plano Nacional de Leitura http://data.dre.pt/eli/resolconsmin/48-d12017/03/31/p/dre/pt/html
no qual se refere que importa:
a)Criar um vasto compromisso social em torno da
promoção da leitura como prioridade política, tendo em vista o desenvolvimento
da líteracia e o reforço dos hábitos de leitura na população;
b)Lançar programas dirigidos a crianças, jovens e
adultos, que visem promover o desenvolvimento de literacias múltiplas, designadamente,
a da leitura e escrita, a digital: da informação visual, científica e
tecnológica, de forma a preparar a população Portuguesa para as exigências da
sociedade do Século XXI;
f) Promover as relações
entre a leitura, a literatura, as artes, as ciências e a tecnologia e fomentar a cultura científica, tecnológica e artística, em colaboração com instituições de ciência e de cultura;
Se adicionarmos ainda a ideia de que hoje, a biblioteca não se confina a um espaço físico nem a recursos físicos, mas se prolonga no espaço e no tempo através de recursos virtuais que deverão encontrar-se devidamente seleccionados e organizados e estar disponíveis 24 sobre 24 horas por dia ficamos com ideias bem claras sobre o acerto e a importância de se equiparem as escolas com bibliotecas Escolares, para mais, existindo em Portugal a figura do(a) professor(a) bibliotecário(a) que é um profissional duplamente qualificado, quer em competências de ensino numa sua área disciplinar específica, quer especializando-se em competências de gestão da informação, da leituras de gestão de bibliotecas.
Longa vida às bibliotecas Escolares que contribuam para que se alcancem os objectivos acima.
It examines the role of libraries in supporting
lifelong literacy by looking at how libraries
nurture early literacy skills up to advanced levels of literacy proficiency. By providing literacy resources for children, youth
and adults at all proficiency levels, they are
making an enormous contribution to supporting a reading culture and the creation
of a literate society. Libraries need to be
involved in policy dialogue connected to literacy. Used strategically, they have the potential to play a key role in
promoting national literacy efforts, as they are trusted by people in the
communities they serve and are in a good position to provide a wide variety of
literacy opportunities.
Ler resolução do conselho de ministros n.º 48-D/2017 Diário da República n.º 65/2017, 1º Suplemento, Série I de 2017-03-31aqui
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A implementação e monitorização do Plano Nacional de Leitura até 2027 ficará sob responsabilidade de uma comissão que inclui os Ministérios da Educação, Cultura e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
A comissão interministerial a ser presidida por Teresa Calçada e Elsa Maria Conde estará dependente do Ministério da Educação, em articulação com as tutelas da Cultura e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Objetivo: "Fazer uma aposta abrangente na leitura, seja a literária, científica, em papel ou noutros suportes" (Teresa Calçada).
O PNL quer agora “levar a leitura a outras esferas da sociedade”, mostrando que esta “não é apenas património de alguns” e promovendo hábitos de leitura ao longo da vida: junto de famílias, crianças, jovens e adultos. E, sem descurar o papel das bibliotecas escolares, pretende-se criar condições para a promover nas instituições de ensino superior e da rede de centros de Ciência Viva.
“Em todos os locais onde seja possível dizer 'ler é bom', é isso que vamos fazer”, realça Teresa Calçada. “Queremos mostrar às pessoas que a leitura não passou de moda, está na ordem do dia.”
A propósito do lançamento do perfil de saída dos alunos ao nível do 12º ano e da gestão de 25% do currículo deixado às escolas portuguesas...
Acho engraçado as vozes que se levantam contra este tipo de medidas apresentadas pela tutela, argumentando com o facilitismo e que os alunos vão deixar de aprender, quando há cerca de 2 anos atrás, algumas destas mesmas vozes, apluadiam esta mesma ideia a existir na Finlândia e a partilhavam no facebook, como sendo uma medida tomada por um país civilizado, sendo que se incentivava este país a também avançar com este tipo de medida!
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Veja-se a notícia relatada pela TVI há cerca de dois anos
A Finlândia é conhecida por ser o país com um dos melhores sistemas educacionais do mundo, mas prepara-se para uma mudança profunda e que já está a gerar controvérsia: acabar com as aulas tradicionais. O sistema tem sido testado nos últimos dois anos e vai passar a vigorar a partir de 2016, em todos os centros de ensino. Este novo método é apelidado de " phenomenon learning". Prevê a rutura das aulas tradicionais, substituindo-as por projetos, onde são os jovens a apropriar-se do processo de aprendizagem.
"Na educação tradicional, os alunos vão à sala de aula e têm aulas de matemática, depois de literatura e depois de ciências. Agora, ao invés de adquirir conhecimentos isolados sobre matérias diferentes, o papel do estudante é ativo. Eles participam no processo de planeamento, são pesquisadores e também avaliam o próprio processo", explicou Marjo Kyllonen, do ministério da educação de Helsínquia, àBBC.
Os alunos do 4.D da Escola Miquelina Pombo, na Sobreda, concelho de Almada, representaram a história de 'Teatro às três Pancadas', para convencerem os seus colegas que é nesse livro que devem votar em 'Miúdos a Votos'. Fomos espreitar!
LILIANA LOPES MONTEIRO (TEXTO) E ANDRÉ MOREIRA (VÍDEO)
Os alunos do 4.ºD da Escola Miquelina Pombo, no concelho de Almada, adoram o livro O Teatro às Três Pancadas, de António Torrado, e decidiram representar para os colegas do 3.ºE, do 3.ºF, do 4.ºE e do 4.ºF algumas passagens da obra.
Ensaiaram no corredor e na biblioteca da escola e em menos de uma semana a peça estava pronta! Sob a orientação da professora Alexandra Lopes e do jovem encenador Hugo Batoca, os alunos Diogo Teixeira, Beatriz Frazão, Catarina Lima, João Alves e Tomás Dias tornaram-se atores por uma manhã.
Nervos? "Nenhuns", disseram. Relativamente, à escolha do livro Teatro às Três Pancadas, todos concordam: "É um livro cheio de histórias giras, e ainda aprendemos muitas coisas sobre teatro e sobre a história de Portugal!"