Há uns dias atrás tive o prazer de participar numa oficina de escrita criativa. A partir de um poema de Olinda Beja (de Cabo Verde) produzi o texto abaixo. Não é que esteja grande coisa, mas dado o tempo que se teve para o exercício é o texto possível.
No entanto interessa-me neste post valorizar a ideia que há coisas tão simples de conceber e de aplicar que não percebo qual o motivo para as bibliotecas não investirem nelas...
Eis o poema que serviu de mote:
Quem somos?
O mar chama por nós, somos ilhéus!
Trazemos nas mãos sal e espuma
cantamos nas canoas
Dançamos na bruma.
(...)
Somos a mestiçagem de um deus que quis mostrar
Ao universo a nossa cor tisnada
Resistimos à voragem do tempo
Aos apelos do nada.
(Olinda Beja, 2009)
Segue o meu texto feito a partir do mote dado
Quem somos?
Definitivamente ilhéus, mesmo que vivamos na grande cidade.
Ilhéus, únicos, irrepetíveis...
Onde nos situamos on meio da multidão?
No entanto...
A nossa identidade empurra-nos para o outro, para o mar
Somos filhos do sal e da espuma
Somos feitos da memória de muitos outros
das canoas que em nós vieram aportar.
Quen os fez dançar?
Quem nos fez cantar?
O mestiço que há em nós
a herança de tantos outors, tantos sangues,
tantos tu
Quem somos?
Uma memória de um passado,
uma projeção para o futuro,
uma canoa que chega e que parte
uma canção feita para o outro.
Fragéis como a espuma,
um sopro.
...
Resistiremos!
Ilheus e citadinos.
Resistiremos
Pertencemos-nos
Quem somos?
João P.
Fev 2015
Precisamos de inventar as Bibliotecas deste século. Estas deverão ser algo muito pouco estático, continuamente reinventadas, tecnologicamente avançadas e, sobretudo, ao serviço do utilizador.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
476 - Numa biblioteca perto de si...
Enquanto aguardava por uma reunião agendada numa escola secundária, resolvi entrar na Biblioteca Escolar a fim de otimizar o meu tempo. Enquanto trabalhava, não pude deixar de escutar uma conversa entre duas alunas que estavam num computador a atualizar o seu blogue.
Dizia uma para a outra: Qual a razão pela qual estás a escrever Estados Unidos da América? bastava escreveres "Estados Unidos". toda a gente sabe que é: "da América".
Não pude deixar de intervir e expliquei que o Brasil também são estados Unidos e que há muitos outros países que são "Estados Unidos". A própria União Europeia, daqui a uns anos será conhecida como Estados Unidos.
A rapariga fez uma ar espantado e gostou da explicação.
É por isso que uma Biblioteca e um bibliotecário fazem muita falta. É por estas e por outras que eu digo que o essencial das bibliotecas não são os livros....
Dizia uma para a outra: Qual a razão pela qual estás a escrever Estados Unidos da América? bastava escreveres "Estados Unidos". toda a gente sabe que é: "da América".
Não pude deixar de intervir e expliquei que o Brasil também são estados Unidos e que há muitos outros países que são "Estados Unidos". A própria União Europeia, daqui a uns anos será conhecida como Estados Unidos.
A rapariga fez uma ar espantado e gostou da explicação.
É por isso que uma Biblioteca e um bibliotecário fazem muita falta. É por estas e por outras que eu digo que o essencial das bibliotecas não são os livros....
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
475 - O que a google já sabe sobre ti. Pensa um pouco...
Começo por uma declaração de intenções:
- Não sou daqueles que está sempre a ver mal/perigos em tudo e neste particular, na Internet,
- Sou adepto das potencialidades das redes sociais para a educação.
Posto isto, não deixo de deixar de pensar sobre o texto que publico abaixo. De facto, a Google já sabe muito sobre cada um de nós: onde vamos, o que pesquisamos, o que lemos, as nossas rotinas e gostos.
Isso é mau? sim, creio que sim, pois a google é uma empresa e pode vender dados sobre cada um dos utilizadores e nem sei se não vende já, pois não é raro receber mails personalizados relativos a interesses que tenho.
Talvez seja importante mudar um pouco de atitude e não estar sempre ligado à Google ao fazer pesquisas, ou com o GPS ligado quando se tiram fotografias se isso não é relevante. São pequenas coisas que podem significar muito numa época em que o nosso rasto digital fica para sempre
Ah, a propósito, vale a pena fazer formação de utilizadores no relativo a este assunto.
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- Não sou daqueles que está sempre a ver mal/perigos em tudo e neste particular, na Internet,
- Sou adepto das potencialidades das redes sociais para a educação.
Posto isto, não deixo de deixar de pensar sobre o texto que publico abaixo. De facto, a Google já sabe muito sobre cada um de nós: onde vamos, o que pesquisamos, o que lemos, as nossas rotinas e gostos.
Isso é mau? sim, creio que sim, pois a google é uma empresa e pode vender dados sobre cada um dos utilizadores e nem sei se não vende já, pois não é raro receber mails personalizados relativos a interesses que tenho.
Talvez seja importante mudar um pouco de atitude e não estar sempre ligado à Google ao fazer pesquisas, ou com o GPS ligado quando se tiram fotografias se isso não é relevante. São pequenas coisas que podem significar muito numa época em que o nosso rasto digital fica para sempre
Ah, a propósito, vale a pena fazer formação de utilizadores no relativo a este assunto.

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