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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

515 - Testes PISA 2015: os alunos portugueses melhoram a ciências, leitura e matemática

Dedicado a quem gasta o seu tempo a denegrir o muito e bom trabalho que se fazem nas escolas portuguesas.  Tudo isto não é fantasia, nem pouco consistente. só quem não anda pelas escolas e compara com o que vê em muitos outros países europeus é que não acha estes resultados absolutamente normais . Parabéns a todos os que ousam mudar e acreditar.

A partir de um texto publicado no jornal expresso em: http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-12-06-E-agora-no-PISA-alunos-portugueses-melhoram-a-ciencias-leitura-e-matemática 

por Isabel Leiria   Isabel Leiria Jornalista; Maria João Bourbon Maria João Bourbon Jornalista ; Sofia Miguel Rosa Sofia Miguel Rosa
Jornalista infográfica

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foto Alberto Frias

Depois de terem surpreendido nos testes internacionais realizados no 4º ano, os jovens portugueses mostram o quanto melhoraram no maior e mais conhecido dos estudos, o PISA. Na literacia científica e de leitura os jovens de 15 anos conseguiram ultrapassar “significativamente” a média da OCDE

As boas notícias no mundo da Educação continuam. Pela primeira vez em seis edições do PISA – o maior estudo nesta área que testa a literacia junto dos alunos de 72 países e regiões –, os estudantes portugueses de 15 anos conseguiram um desempenho significativamente acima da média da OCDE, tanto a ciências, como a leitura. A matemática mantiveram-se na média. Em todos os casos, a evolução é inegável desde que o país começou a participar neste estudo, em 2000, com Portugal a galgar várias posições na comparação internacional.
Foi um longo caminho para aqui chegar e muitos reivindicarão os méritos do sucesso. Mas o que os resultados do Programme for International Student Assessment (PISA) 2015 mostram sem margem para dúvidas - e na semana passada demonstrou o TIMMS, feito por alunos do 4º ano na área da matemática e ciências - é que o país já não pertence mais à cauda da Europa ou da OCDE.
No caso do PISA, a evolução começou logo no início do século, com saltos mais significativos no período 2000-2003, 2006-2009 e agora entre 2012 e 2015, nota o Instituto de Avaliação Educativa, responsável pela aplicação dos testes em Portugal a uma amostra representativa de mais de sete mil alunos.
 
O estudo realiza-se de três em três anos e pretende dar o retrato não tanto dos conteúdos aprendidos nas escola, mas daquilo que os miúdos de 15 anos conseguem fazer com eles, designadamente para “resolver situações relacionadas com o dia-a-dia das sociedades contemporâneas”. No caso da literacia científica, o domínio que esteve em destaque no PISA 2015, estão em causa a explicação de fenómenos cientificamente, conceber e utilizar o método científico para resolver um problema e interpretar dados e factos de forma científica.
Em 2000, Portugal ocupava a antepenúltima posição na literacia em ciências e em leitura. A Matemática só tinha quatro países atrás. Agora, e contando apenas com os 35 Estados que integram a OCDE, as posições de Portugal são estas: 17º na literacia científica, 18º em leitura e 22º a matemática. Se se contar com o universo de 72 participantes - dentro e fora da organização -, os lugares passam a 23º, 21º e 29º, respetivamente.
 
Curiosamente, e ainda que Portugal tenha sido um dos países a apresentar uma “tendência de melhoria significativa” dos resultados nos três domínios analisados, foi a ciências que os alunos mais se destacaram. A progressão entre os testes de 2015 e os de 2006 (quando a literacia científica foi também a principal área em avaliação) foi de 27 pontos, descolando da Grécia (que tinha um resultado semelhante a Portugal em 2006) em mais de 40 pontos, o equivalente – segundo a OCDE – a mais de um ano escolar. E entre 2015 e 2012 a diferença foi de 12, enquanto para leitura e matemática se ficou pelos 10 e 5 pontos, respetivamente.
 
Fazendo a comparação com o início da história do PISA, a progressão média foi de 2,8 pontos/ano em ciências, 2,6 em matemática e 1,8 em leitura.
Mas há mais: Portugal foi o país que registou uma melhoria mais acentuada na percentagem de alunos com os melhores desempenhos em literacia científica (a OCDE chama-lhes “top performers”, com resultados iguais ou superiores ao nível 5) entre os dois ciclos de avaliação (2006 e 2015) e um dos que mais viu a percentagem de “low achievers” (alunos com piores desempenhos, abaixo do nível 2), diminuírem

 Continuar a ler em: http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-12-06-E-agora-no-PISA-alunos-portugueses-melhoram-a-ciencias-leitura-e-matemáticauir.

terça-feira, 8 de março de 2016

496 - As nossas fantásticas bibliotecas


 Tive hoje o privilégio de ser convidado para fazer parte de um júri de um concurso de leitura organizado pela Biblioteca Escolar de uma escola da margem sul do Tejo.

Para além do facto de ter assistido a uma belíssima atividade de promoção do gosto de ler com proficiência, comoveu-me e interessou-me uma atividade que os meninos de uma saal do Jardim de infância fizeram durante  o tempo em que o jurí decidia o vencedor.

Os meninos cantaram e teatralizaram a canção e isso não teria nada de extraordinário se não se desse o facto de que,  quando se vê isto numa visita a uma escola no estrangeiro se acha que lá eles fazem um trabalho fantástico e os meninos parecem felizes. Vendo o mesmo tipo de atividade, aqui em Portugal, muitos julgam-na banal.
Não é! é educação, é formação, é currículo. Confesso que me comovi tanto como se estivesse no estrangeiro!

Parabéns ao trabalho que os professores vão fazendo por esse país fora. Parabéns à equipa da Biblioteca por estar tão bem integrada na vida desta escola.
P.S. E não é que os meninos liam mesmo bem?

quarta-feira, 8 de julho de 2015

486 - De onde se descreve o prazer de educar



De visita à Biblioteca da EB1 do monte Belo em Setúbal, falam-me de um filme sobre o Ag. Vert. Luísa Todi em Setúbal que foi elaborado para apresentar o Agrupamento  à equipa do IGEC e convidados que estiveram presentes na sessão pública de Avaliação Externa. Confesso que fiquei maravilhado. Que bom trabalho fazem os professores deste Agrupamento.

Educar é isto! São estas pequenas pérolas que nos animam a continuar e a não desistir de lutar pela escola pública.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

455 - Não, as escolas não são todas iguais e há umas que precisam de mais apoio

“O que é importante na educação, antes de mais, é o ambiente natural e esteticamente harmonioso em que ela se processa […].”
João dos Santos, Ensaios sobre Educação II, pág. 89
    “A escola só é democratizante, quando integra e simultaneamente  influencia  a  cultura  local, regional e nacional e quando nela se aprende a Ver e a Falar.”
João dos Santos, Ensaios sobre Educação II, pág. 51
    “O pensar nasce do sonho. Deixem as crianças sonhar!”
João dos Santos, Ensaios sobre Educação II, pág. 298

Creio que há um erro que muitos profissionais da educação cometem (incluo-me neste grupo) que é pensarem que as escolas são todas iguais e que a receita que serve para uma, serve para todas! Não é assim e mais uma vez, após uma dia de visita a escolas, constato que os miúdos chegam diferentes à escola e que esta, tal como está organizada, pouco faz para combater este facto e, em poucos anos, agrava as diferenças em vez de as diminuir.

Apoios para escolas TEIP, escolas em bairros de baixo nível sócio económico, colocação atempada de professores e de outros técnicos, precisam-se, mas precisam-se mesmo. Não dá para brincar à educação. São gerações e gerações de miúdos que se perdem...




   

domingo, 1 de junho de 2014

431 - Reflexões sobre educação I - O trabalho manual

 Já escrevi aqui várias vezes (a mais detalhada de todas foi a propósito da minha visita de estudo à Finlândia em 2013) que me parece que o sistema educativo português está a falhar grandemente (e gravemente também) ao quase excluir o trabalho de mãos nas escolas públicas (veja-se a construção de novos edifícios escolares desde a década de 90. Estes não têm oficinas nem equipamentos diversificados).

A prova desta falha é a loucura que se instala nas nossas crianças quando surge qualquer novidade que exija trabalho de mãos: as pulseiras de elásticos, a roda e os paus há uns anos atrás, ...). Os miúdos (os seres humanos) não são só cérebro. Nós somos animais! "Das mãos para o cérebro, do cérebro para as mãos", este processo é vital.  
Já visitei escolas em diversos países (Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Lituânia, Rep Checa, Irlanda, Inglaterra, Espanha, Malta) em todos eles vi oficinas bem equipadas com metais, têxteis, cozinhas, madeiras...O currículo nesses países impõe algumas destas áreas até a uma escolaridade avançada. Aqui em Portugal constato que estas áreas ou não têm equipamentos ou são dadas de uma forma quase totalmente teórica. Tudo isto algum impacto há-de ter no crescimento das nossas crianças.