sexta-feira, 10 de maio de 2013

344- Listagem de bloguesbibliotecários iberoamaricanos


346 - Entrega de prémios do concurso Pordata

Tive hoje a oportunidade e a felicidade de participar na cerimónia de entrega dos prémios do concurso Pordata 2013. Confesso que fiquei muito satisfeito por ver que os alunos deste país são capazes de investigar e de pensar a partir de um conjunto de dados obtidos a partir da Internet.

De acordo com os critérios estabelecidos, e em face da quantidade e qualidade dos trabalhos recebidos na 3ª edição do Concurso PORDATA/ RBE, o júri decidiu premiar os seguintes trabalhos:

Estranhos ímpares

Escola Básica e Secundária de Vale de Cambra
Autores João Carlos Muacho, Luciana Vasconcelos e Tiago Rocha

A pobreza em Portugal: a obrigação moral de combater a pobreza

Escola Secundária de Cantanhede
Autores Ana Filipa Oliveira e Maria Inês Simões

Entendeu, ainda, o júri, assinalar com uma Menção que distinguiu a criatividade demonstrada na produção e realização vídeo, o trabalho:

Nível de vida em Portugal

Escola Secundária Vergílio Ferreira, Lisboa
Autores André Cunha, António Ferreira e Rita Pires

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Esta emtrega de prémios e o concurso mereceu espacial destaque na edição do jornal "O público" de hoje.
Vale a pena, a partir deste link ,  ler a reportagem e o vídeo que constitui o trabalho dos alunos da Escola de Vale de Cambra.

Segue um exercerto do artigo que pode ser lido a partir do link acima...



 

Alunos do secundário vencem concurso Pordata com trabalhos sobre assimetrias regionais e pobreza

Alunos do 11.º ano de escolas de Vale de Cambra e Cantanhede foram escolhidos entre os 50 projectos que este ano concorreram.
De que forma as assimetrias regionais condicionam a vida dos portugueses? E quais são as consequências da pobreza e o papel do Estado no seu combate? Foram estas as questões lançadas pelos dois trabalhos realizados por dois grupos de alunos, um de uma escola de Vale de Cambra e outro de Cantanhede que venceram a edição deste ano do concurso Pordata-Rede Bibliotecas Escolares (RBE). Os prémios são entregues na tarde desta quinta-feira, em Lisboa.
João Carlos Muacho, Luciana Vasconcelos e Tiago Rocha, alunos do 11.º ano, orientados pelo professor de Geografia Adelino Pinho na Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra, foram escolhidos pelo trabalho em vídeo Estranhos Ímpares. Ao longo de oito minutos, dados encontrados no site da Pordata foram utilizados para “confirmar de que forma as assimetrias regionais condicionam a vida dos nossos concidadãos”.

ler mais e ver o filme aqui
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Vivam os alunos vencedores, os professores, a Pordata e as boas Bibliotecas Escolares!


quarta-feira, 8 de maio de 2013

343 - Visita de estudo à Finlândia: The teaching profession, teacher education and basic education VIII


Qual o segredo do sistema educativo Finlandês?

Já referi em post anteriores algumas tentativas de resposta para esta questão: Confiança absoluta no sistema, boa escolha dos professores (sendo uma profissão valorizada há mais e melhores candidatos), uma boa gestão, escolas bem equipadas e...

O currículo! 

Há algo que nunca deixo de ver quando vou ao estrangeiro e visito escolas e a Finlândia não foi exceção: existem oficinas em todas as escolas, todas elas muito bem equipadas e todas as crianças no primeiro ciclo têm oportunidade de trabalhar com as mãos: Madeira, texteis, metais. Depois continuam com um leque mais alargado de escolhas nestas áreas: cozinha, electricidade, ... Os finlandeses têm até um lema: "mãos e cérebro". We believe that what you are doing with your hands help's your brain". Eu também acredito! um ser humano não é só cérebro e a atividade manual ajuda-o a compreender e a descobrir o mundo (não andou Piaget a observar os bébés e os seus movimentos circulares na tentativa de apreensão do mundo que os rodeia?)

Na Finlândia quem quer ser professor do ensino básico tem que ter 3 créditos de "educação para os ofícos/artesanato", outros 3 relativos a matérias mais técnicas (tecnologias metais e outros materiais) e ainda outros 6 de educação musical. 

Estou plenamente convencido que  ocaminho que Portugal trilhou desde 2001 está completamente errado e iremos pagar isso muito caro!







terça-feira, 7 de maio de 2013

342 - O uso racional da informação

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Meio século antes da invenção do correio electrónico, T. S. Eliot perguntou: "Onde é que está a sabedoria que perdemos em conhecimento? Onde é que está o conhecimento que perdemos em informação?" Se ele hoje fosse vivo, ao contemplar uma caixa de entrada de correio electrónico num computador cintilante, poderia muito bem acrescentar: "Onde é que está a informação que se perdeu em trivialidades?"


SHASHI THAROOR 13/02/2013 - 19:23


Texto completo em pdf, aqui , para os que não dispoem de assinatura digital. Para os demais, aqui: http://www.publico.pt/opiniao/noticia/a-caixa-de-entrada-de-pandora-1584386
Agradeço à Maria José Vitorino a partilha

domingo, 5 de maio de 2013

341- How to Get Students Ready for Learning

Estes são o tipo de coisas tão evidentes para o sucesso escolar dos alunos que não deixa de nos causar uma profunda preocupação todas as medidas de contenção orçamental para a educação. É caso para repetir que "Se a educação é cara, experimentemos a ignorância".

O essencial da mudança das práticas daquela escola está sintetizado ao minuto 1,49 do filme. Os resultados de matemática e de leitura melhoraram significativamente...




sexta-feira, 3 de maio de 2013

340 - Há por aí muito boas bibliotecas do 1º Ciclo

Envolto em trabalho que nunca mais acaba há visitas a bibliotecas que nos marcam! Vem isto a propósito de uma visita a uma biblioteca de uma escola do 1º Ciclo lá para as bandas do Seixal que efetuei hoje.

Para alguns, o trabalho da biblioteca parece ser pejado de escolhos, dificuldades e entraves, para outros estas existem mas muito fazem e muito acontece. Não sei se será uma questão de copo meio vazio ou meio cheio mas, aqui e hoje, tudo fazia sentido.

Uma exposição organizada em parceria com a Câmara Municipal e na qual os pais e a comunidade se envolveram e onde se apresentava a história e cultura de Cabo Verde e onde foram convidados escritores Cabo-verdianos para virem à escola. Esta foi e é uma boa oportunidade de aprendizagem  de um mundo e cultura diferente e de integração na escola da cultura de muitos alunos (e respetivas famílias) que nela estudam.
  


















A par com a exposição, viam-se evidências da exploração do Kit do projecto SOBE (Saúde Oral e Bibliotecas Escolares). Gostei de ver os miúdos a virem, a partir da sua livre iniciativa, à biblioteca a fim de se medirem e de explorarem alguns materiais pedagógicos relacionados com a Saúde Oral. Em cima de uma estante estavam várias embalagens de caixas de dentrífico que irão servir para construir mobiles, sendo que estas caixas tinham sido trazidas pelos alunos a partir das suas casas, evidenciando a preocupação com a lavagem dos dentes. 







































Noutro espaço da Biblioteca, alguns professores e auxiliares preparavam lembranças (porta chaves) para o dia da mãe que se aproxima. Gostei de ver alguns pequenos a construirem a sua oferta!


















Por fim, chega uma Encarregada de Educação com uma turma da Pré para lhes contar uma história sobre o dia da mãe( Coração de mãe)!

Como não hei-de ficar cheio com esta visita? Quais os motivos pelos quais em outras bibliotecas parece que pouca coisa acontece?

Quero ver mais bibliotecas destas  





quarta-feira, 1 de maio de 2013

339 - Como matar um Biblioteca

Com a devida vénia à Maria José Vitorino

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Como matar uma biblioteca...

Como diria o meu pai, que era um filósofo, "Há muitas maneiras de esfolar um gato". Acrescentaria que há mais do
que algumas maneiras de matar uma biblioteca.
Por exemplo:
√ Deixe de acreditar na missão das bibliotecas. Quem é que acredita mesmo na liberdade de ler, de aprender e de descobrir?
√ Passe menos tempo com a Direcção. A Direcção ideal de uma biblioteca pública deve encontrar-se 4 vezes por ano e concorda com tudo o que o seu Presidente/Director/Administrador recomenda.
√ Pare de falar com os utilizadores. Que é que eles percebem disto, afinal? E na mesma linha, deixe de consultar o pessoal. É um colossal desperdício de tempo.
√ Não se rale com o futuro e como l+a chegará. Sustentabilidade não é um assunto com que as bibliotecas precisem de se preocupar. No fim de contas, sobrevivemos centenas de anos.
√ Deixe de contar a história da biblioteca. Toda a gente já a ouviu.
√ Aceite que a biblioteca é antiga, e que não é preciso continuar a renovar, pintar, e actualizar. Ela é o que é.
√ Aceite que tal como o café instantâneo matou o café em grão, o e-book matará o livro impresso.
√ Deixe de promover o seu produto: toda a gente entende de literacia e de aprendizagem ao longo da vida.
√ Deixe de dar autonomia ao pessoal, e pare com a sua formação. Devem chegar a nós completamente formados.
√ Pare com essa conversa toda sobre inovação. Só serve para dar mais trabalho.
√ E por amor de Deus, pare de mudar as regras e as nossas tradições. É uma chatice!


(trad. Maria José Vitorino)

 
 

How to kill a library… #39: 2012

Posted in on a + note by flickfancy on November 5, 2012
As my Dad, who was quite a philosopher, would say “There are many ways to skin a cat.” I would add that there are more than a few ways to kill a library.
For example:
√ Stop believing in the libraries mission. Do we really believe in the freedom to read, learn and discover?
√ Spend less time with the board. The ideal public library board would meet 4 times per year and agrees with everything the CEO recommended.
Stop talking to your customers. What do they know any way? And on the same topic, stop consulting staff. It is a huge time waster.
√ Don’t worry about the future and how you will get there. Sustainability is not an issue with which libraries need to be concerned. After all, we’ve have survived for hundreds of years.
√ Stop telling the library story. Everyone has heard our story.
√ Accept that the library building is old and you don’t need to keep renovating, painting, and updating it. It is what it is.
√ Accept that just like instant coffee killed the coffee bean, the e-book will kill the printed book.
√ Stop promoting the product; everyone knows about literacy and lifelong learning.
√ Stop empowering staff, and stop training them. They should come to us fully trained.
Stop all this talk about innovation. It just makes for more work.
And, for heaven’s sake, stop changing the rules and our traditions. It’s annoying!
Have a swell week! LOL!
Kitty Pope #39 November 2012
kpope@library.guelph.on.ca